PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AMOR...

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AMOR...

Às vezes o corpo quer e alma não sente...

Às vezes se mente porque a alma queria e o corpo diz não...

Às vezes o sonho não se encaixa com a vida lá fora

Às vezes se quer e não se tem nada...

Outras vezes o amor vai embora, não pede licença

Deixa vazia a estrada e a vida sem brilho,

Outras se descobre que não se perde o que não se tem...

E tantas outras é melhor saber-se só sem a ilusão de estar com alguém.

Porque a solidão a dois pode ser maior do que a quatro paredes e um só coração...

Às vezes é preciso sentir tesão e saber-se vivo...

Outras tantas, melhor viver, sofrer, querer,

Do que uma insípida existência morna e vã...

Melhor cair, levantar, crescer...

Melhor subir de quatro, “catar cavaco”

A percorrer o mesmo caminho repetido, sozinho...

Melhor ter “cara pra bater”

E aprender a se esquivar, atacar, defender...

Porque é impossível seguir em frente

Sem ter perdido o ciso, se arrependido...

Amassado o pão sem dar ao diabo,

Pra não faltar aos filhos,

Pra sentir-se alguém, que não apenas passou,

Mas deixou para além do corpo perecível

Um pouco do seu Eu...

Impregnado

Incorruptível

Na fímbria do amor

Que apreendeu e doou...

www.joselmavasconcelos.blogspot.com

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 25/04/2007
Reeditado em 29/04/2007
Código do texto: T464070