Resposta à Calamidade

Nesta triste madrugada, 04 homens foram assassinados, em seguida tiveram seus corpos incendiados, a 80 m de minha casa. Conhecia, sem intimidade, os quatro. Claro, que foi cobrança de droga pesada. Ou seja, no fundo, por causa de dinheiro. Com toda a certeza, os assassinos estavam entupidos de cocaína e, ou com seus derivados malditos. Mas, ainda assim, foi o dinheiro que os fez cometer tal atrocidade. O dinheiro tornou a humanidade fria. Encurralou tudo que temos de bom. Pois bem, eis minha resposta lírica à este terrível, inaceitável, acontecimento:

Ah! Que falta que está nos fazendo,

O exercício sincero da afetividade!

Que estrago! Que calamidade!

Estão vencendo de goleada, os impedimentos!

Todos!

E, olhem que não são poucos...

O que me consola

É que é tudo

Tão visivelmente,

Claramente,

Absurdo,

Quem forçosamente teremos que nos emendar.

Está por um fiapinho de fio, nossa corda.

Estamos perdendo a razão,

Em função da ambição,

Da ilusão sórdida das "posses materiais"...

... Como se algo, de fato, nos pertencesse!

Nossas conquistas são irreais.

Agimos como se o Universo não nos percebesse...

Nossa arrogância é tal,

Que pensamos enganar ao espaço sideral,

Com tudo que está por trás dele.

Como se nós não fôssemos dele,

Visceralmente!

Holisticamente!

Peço-lhe, a você que está me lendo neste momento,

Que, hoje, por favor, demonstre seus melhores sentimentos.

Tome a iniciativa: faça um carinho.

Irradie afeição em seu ninho.

Formemos, pois, uma rede de afeto.

Destelhemos nossos fictícios tetos.

´"Eu sei que um certo sem sabor é a tua loucura"

http://www.youtube.com/watch?v=GK1CThrfZeY

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 09/01/2014
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