É tão estranho quanto real...

É tão estranho quanto real...

O peito aperta,

A voz cala,

Um riso eu demonstro, pra não serem necessárias tantas explicações...

É tão estranho quanto real,

É acreditar que hoje será diferente,

É colher os frutos ainda na semente,

É sentir o calor do sol, ainda que em meio ao frio...

Tem tido tantos vãos na minha alma...

E tem sido tão difícil encontrar palavras para a poesia...

E porque tenho sido contradição,

Sinto que por ora devo viver com meio coração...

Uma parte integral que me diz sim,

Uma parte integral que me diz não,

É chegar ao fim do mundo com tamanha dor,

É alcançar um ápice de alegria sem nenhuma explicação...

É ter destinos à disposição,

E permanecer na encruzilhada sem um mapa às mãos...

É o medo que me impede de prosseguir,

É o sonho que insiste em fugir...

É tão estranho quanto real,

Nascer do amor,

Viver para se envelhecer,

Na expectativa que a qualquer momento,

Exista um real motivo para me convencer...

Não tenho sido meu melhor,

Nem tão pouco meu pior...

Apenas deixado ao tempo,

Momento oportuno para me guiar...

É tão estranho quanto real...

Ansiar o que não se pode ver,

Rezar para fortalecer,

A fé que há de fazer,

Eu enfim renascer...

Fernanda Pinheiro
Enviado por Fernanda Pinheiro em 10/02/2014
Código do texto: T4685374
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