Resgato do cotidiano
A roubada do doce sem espera,
A urgência com que a falta de fome
Aguça o paladar letargo.

Derramo sobre a mesa o cítrico do pote
De minha alma canseira,
E na a poça que se arma
Vejo imagens distorcidas
Das coisas em mim
Sob a luz que atravessa
As mesmas cortinas espessas.

Quando o vento visita as cortinas
Sucumbo-me ao  violento clarão.









 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 11/02/2014
Reeditado em 11/02/2014
Código do texto: T4686672
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