Prato Comum

Troco os temperos,

para fazer a mesma massa.

Repito,

nenhuma situação inusitada.

O vôo até o chão,

também parece ameno.

Fico embaixo da mesa,

anotando os recados.

Deito-me,

quando o som de minha voz ecoa.

O que está acostumado a pedir,

pede.

Confiança.

Por muito tempo oferecida.

Hoje pensada.

Amanhã racionada.

Raciocinada.

Entusiasta!

Assassinada.

Empurro grandes peças,

para evitar o final do jogo.

Melhor seria estar imóvel,

para dissimular a evolução.

Escondo a amabilidade,

porque esta sim é verdadeira.

E me custa um bocado.

Coloco os últimos ingredientes.

Valorizo o que faço.

Ana Claudia Laforga
Enviado por Ana Claudia Laforga em 04/05/2007
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