OS TUBARÕES.
Há rios que correm velozes,
Com saudades dos largos mares,
Ouvem-se nas margens vozes,
De lamentos ou de cantares.
Brilha radiante o sol,
Pescadores vieram pescar,
Quando se pesca ao anzol,
É preciso saber esperar.
Levam as águas pensamentos,
Que envolvem cada ser,
Águas que são tormentos,
Matam a sede a quem beber.
Pescadores de águas turvas,
Há muitos em qualquer lugar,
Quando caem novas chuvas,
As águas começam a clarear.
Quem pescador quiser ser,
Nesta vida de ilusões,
Muito tem que aprender,
P`ra se livrar dos tubarões.
há quem pesque mais em terra,
Que nas águas dos rios,
Quando menos se espera,
Apanhamos muitos calafrios.
Não é peixe para comer,
Nem mesmo bem cozinhado,
Mas ficamos a saber,
Há muito peixe desclassificado.
há o peixinho da horta,
Que dá gosto saborear,
Há também, a pescada marmota,
E os tubarões para nos tramar.
LuVito.