AS MAZELAS DA MORTE NA MATÉRIA

Em silêncio-presente
No ataúde-sonho dos homens
Bactéria-agente
Na surda força dos vermes
Em matéria dormente
Multiplicando mazelas
O homem vaidoso não sente

Pobre alma-utópica
Esquece única glória
Seu lugar de destaque
No pódio do futuro
Ao pó, o corpo volta duro

Não importa rico ou branco
Se comeu miséria...
Ouro? Que sorte!

Na boca o mesmo pranto
No escuro da matéria
É cega a morte

Ninguém se livra da miséria
Da cratera que se encerra
A putrefação da matéria
Última morada na terra

Vermes teus
A repousar
Acelular
Adeus
Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 06/05/2007
Código do texto: T476766
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