O Inverno, O Pensamento e A Mágoa

Quando o inverno chega mais cedo

O frio congela tudo que esta exposto

Até aqueles pingos d’água pequenos que escorrem no rosto...

Não chove, mas o caminho esta alagado

Não se ouve trovões, mas o coração bate acelerado

É como uma tempestade silenciosa que caminha no dia nublado...

O silêncio rodeia como uma névoa espessa

E um forte cheiro se aspira no denso ar

Seria apenas o último rastro de uma mensagem antiga jogada no mar...

O vento sussurra nas janelas uma música triste

Nas arvores os passarinhos permanecem calados

Talvez a Natureza esteja pra baixo com tantos sorrisos forçados...

Na esquina se clama um choro

As portas se fecham e o mundo acaba

Ninguém imaginou que seria só mais um pobre injustiçado...

Estrelas cadentes já perderam há muito o seu poder

De tanto que foram usadas com pequenas palavras baixinhas

A terra seria mais linda se todo dia não matassem tantas criancinhas...

Durante a noite os demônios acordam

Uma guerra secreta é travada contra anjos caídos

Quando se abre os olhos já não se enxerga mais os mortos e feridos...

Aos loucos é dada a lucidez

Aos lúcidos é tomada a consciência

O Bem vira o Mal e vice-versa neste intérmino jogo entre política e ciência...

Poucos conhecem o Amor

A maioria o despreza em todos os lugares

Depois reclamam quando estão sozinhos abandonados em bares...

A culpa das pessoas serem hoje assim

É tão somente de uma sociedade que ensina valores porcos

De um povo que há muito tempo esqueceu o que é gratidão...

Seus vermes imundos sem coração.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 18/04/2014
Reeditado em 18/04/2014
Código do texto: T4774159
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