Demasiado Humano
Não serei ovelha nesse rebanho
Onde o homem se contenta
Num amontoado e falso alarido contente
Não amarei a todos
Ao me recusar a banalização do encontro
Que te condena a servidão ao outro
A minha bússola é a minha consciência
Esse viajante solitário que sou
Não temo o homem
Esse humano que jaz em mim
Mas desejo o carvão ainda em chamas
A matéria-prima em seu espetáculo
A transformar seu bruto em diamantes perfeitos
Preciosa música que rege
Esse meu músculo cardíaco
Que faz bater silente
Ecos no meu pensar.