Levanta-te!
_ Levanta-te! Tens de matar!
Esse homem que não é deus nem herói
Que não és forte nem fraco
Levando sempre contigo
Carcaças e abutres ferozes
Que se esconde no medo
Das sobras dos seus sonhos
Que sonhou tanto, mais tanto
Que sonhou ser tudo
E não és nada
Sonhou um poeta
Criança nos braços do berço embalado
Por sons ecoando em suas cavernas
Clonando universos sem abismos
Um desejo ser outro humano
Um viver impossível
Marcas na face, infeliz!
Nem o que te sobra a morte
És revelada
Nesse mistério de sombras
Só o que te resta é ser guerreiro
De uma guerra de escravos
Levanta-te!
Tens de Matar!