Conclusões incertas em relação ao outro

Às vezes, você olha a vida, e pensa.

Tira suas próprias conclusões.

Cria suas próprias raízes.

Modifica as suas ações

Muda de opinião vez ou outra.

Mas respira o mesmo ar bactericida

Que o outro respira.

É feito da mesma matéria orgânica,

É um ser humano como o outro.

Porém, a sua essência é diferente

Seu caráter é diferente

Você tem qualidade e defeitos

Só que diferentes.

Seu corpo é diferente.

Você é você.

O outro é o outro.

Por isso, você nunca vai saber

Mesmo que se esforce,

O que tem na cabeça do outro.

Você não sabe o que se passa lá dentro

Daquele imensidão, por vezes, abstrata.

Você não sabe os motivos dele

Para tomar tais decisões

Que em certas ocasiões

Lhe feriram, com ideias precipitadas.

Você não sabe o porquê disso tudo.

Você sabe o que os seus olhos veem

Todavia, quando se trata do outro, não sabe.

Você sabe a cor do pássaro à sua frente

Mas não sabe a cor do sentimento interno.

Você está cansado de saber de 1+1 é 2.

Mas você não sabe calcular os números

Que os pensamentos do outro somam

Ou até mesmo diminuem, subtraem ou dividem.

Você não sabe a porcentagem que o outro

Acumulou com suas estatísticas de sentimentos.

Você só sabe o que ele fala para você.

Você só sabe das coisas parcialmente

Porque é impossível saber de tudo.

Procure então, colher as informações

Com o máximo de cuidado de possível

Pra chegar a uma conclusão plausível

De ser entendida pelo seu coração

Quando se trata do outro.

Visto que, quando ele não fala

Não há como sabermos muita coisa

E há possibilidades de criarmos coisas

Das quais não existem, por causa do nosso ego ferido.

Pois são nossos egos inflamando o coração.

Tenha cuidado com o que pensas

Pode ser exatamente ao contrário, ou não.

Acontece que outro pode estar precisando de você

e você nem sabe.

Mas você já procurou saber?

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 23/06/2014
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