Gatilhos errantes

Já vai à guerra fazer o que é preciso,

Com esse brioso dom, com esse sétimo sentido,

Breve e incrivelmente leve em tal comunhão;

À sua mente: o grito grato expondo a dor

E o corpo frio que levantam do chão.

A lua untuosa ilumina o caminho,

Pés calçados na chinela velha de um guerreiro nato,

Na mão empunha a espada ao alto

E a outra que quase esmaga

Um garrafão de vinho barato.

Hilário no seu imaginário

Com muito peixe – com muito lago

Sem vil aquário...

É pescador e nômade,

É gigante navegador,

Senhor de diamantes

Das ricas pedras sem esse valor.

Emblemática a fábula dos seres pensantes,

(no oitavo sentido)...

Bichos do mato abraçados ao calor do amor;

Flutuam como pássaros em palácios de sonhos

(passam batido)

Esquivam-se dos ínvidos gatilhos errantes.

André Anlub®

(16/6/14)

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