EUTANÁSIA DO AMOR

Os olhos perdidos
Na agonia do leito
Corações partidos

Em pasmos de dor
Testemunhei sangrias
Nas dores do meu amor
Morrendo minhas alegrias

Uma doença insana
Desfez a felicidade
Em decisão profana

Nunca esqueço tal retrato
Tirar a vida do meu amor
Contra tudo de sagrado
Não suportando tanta dor

Meu amor, à beira da terra e do céu
Com lágrimas a me implorar
Decidi, com mãos trêmulas no papel
Contra a dor, a eutanásia eu assinar

Com um último beijo no leito
O gosto amargo da despedida
Tal punhal gravado no peito:

O mesmo amor que me uniu à vida
Em casamento
Entreguei frio nos braços da morte
Pra meu tormento

(Senti arrepios ao escrever este poema)
Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 21/05/2007
Reeditado em 21/05/2007
Código do texto: T495596
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