Andar de Ônibus: do Amor ao Ódio, uma Fração entre Faróis!

E a relação é de aparências

ás vezes o espaço é sufocante

não cabe nem minhas reticências...

E a relação é de metro cúbico

é de táxi em filme americano

é tudo tão velado

e descarado

que alguns põe panos se cobrem e descobrem

seu pior dentro do cotidiano

é o menino no farol

é o frio que a menina não sente

é a senhorinha que não sabe quantos decibéis se fazem necessário

para um interurbano

é João é José

é Ana, Amanda

é Paulista, é Baiano, é Paraibana

Não tem raça, não tem crença

tá todo mundo ali, junto e aquilo parece mais uma prensa

Ignorando pensamentos, livros ou fones de ouvido

a empresa te faz teu esgoto por que não um pinico,

e muito se aceita, se vence no grito

Pessoas sorriem, se beijam, pedem licença

e se acomodam em nossas vidas

todos, e todos os dias

e nesses que não são poucos

muito choro, muito dou risada

faço poesia e as vezes piada

Sou a massinha de modelar do pedestre

que tem como condutor alguém que se fez refém da situação

eu dou sinal, entro certa de que alguns me verão

outro não

mas que cada história marca

a minha condução na condição de ser

tudo nessa vida Passageiro

repetindo ou parafraseando alguém que disse

Menos o Cobrador e o Motorista

O Farol sempre estará ali, mesmo que não funcione, mesmo que em seu pleno estado de uso

Vermelho = Paixão

Verde= Esperança

Amarelo = Paciência!

Gammy
Enviado por Gammy em 21/11/2014
Reeditado em 21/11/2014
Código do texto: T5043375
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