Sobras*

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debruço sobre a vida

vendo o tempo passar

pressinto seu encanto

me sentindo envolvida

a cabeça em ondas

quebra-se em devaneios

apanha-me numa teia

de visões e ruídos

que viventes no fundo de mim

estremecem o coração

nessa tortura

entre o pouco tempo e a pouca vida

a seiva, no instante da dor

derrama-se sobre o rosto

alimentando a desolação

do que sobrou de mim.

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Alzira Paiva Tavares

Olinda 21/02/2015

arizla
Enviado por arizla em 25/02/2015
Código do texto: T5149211
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