É este o destino.

Minha deusa sabida,

minha mãe, minha filha,

minha flor preferida,

saiba dela e odeia rimar, gosta mesmo do vento, não o espera o tempo, agonia e lamento, tudo mais que umas horas, não é ontem é agora, não gosta de passar.

Estou acostumado

é nesse teu balanço

e nas suas cinturas

eu poderia viver

Vive em mim e passeia,

não demora, não freia,

seja mesmo esta linha,

costura teu amor no amor, fica nas minhas costas, nunca me dê as costas, perpetua a volta, aquela que tu vive a dar.

Estou acostumado

é nesse teu balanço

e nas suas cinturas

eu podia morar,

me chateia e me beija,

e me esquece e me lembra, teu homem juro quero ser e lhe proporcionar.

Mulher.

E na frente do espelho

eu grito sem vergonhas,

me assumo já nua,

exagero e choro no nada que sou,

e me digo a revolta,

mendigo essa volta,

o bom deste passado, os passado cadê?

Onde eu era criança

e não volto mais nunca,

nunca mais esse ontem, num minuto como vou voltar?

Ah nega, deixe disso,

não é isso nem aquilo,

tu vive no vacilo,

brigando com o destino,

e quer ele que eu sei.

Mirela Lourdes
Enviado por Mirela Lourdes em 10/04/2015
Código do texto: T5201619
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