Remar, rumar, rimar (Segredos do mar)

É preciso remar, remar,

remar, sem tombar

no mar! que o mar

não gosta

de quem não não sabe nadar,

lutar, rumar,

remar...

Que, no mar, ou a gent

aprende a remar,

velejar e retraçar os fundamentos do nosso lugar, ou ficamos sem rumo, içados ao vento, tragados por águas, atirados ao ar ficamos sem lúmen... Mar, remar, rumar. Navegar é preciso, viver é preciso, é preciso lutar! É preciso remar para ao porto chegar,

é preciso encarar as ondas do mar para ancorar em firmes

águas. E se, em meio às tempestades, marés e correntes,

tombarmos sob os medos, sob as mágoas, não saberemos

nos equilibrar, não poderemos conviver, nos rimar com os segredos do mar, para encontrar e nos ancorar nosso próprio lugar só conquistado por quem sabe remar para ganhar a cada instante a amizade do mar.

(Poema extraído do Livro: "Geografia em poesias: tempos, espaços, pensamentos - Luiz Carlos Flávio).

Luiz Carlos Flávio
Enviado por Luiz Carlos Flávio em 26/05/2015
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