Fébril

o céu acolchoa-se para ópera

o vento estufa o peito

espalhando melodia molhada

o frio arde as paredes

aumentando a febre

quando o analgésico é um fundo

distante

de um caminho embaçado.

no canto da sala

agoniza o couro da poltrona

onde teus cabelos

escreveram no encosto

o descanso suado de um dia

que batalhava por ter-nos

bem mais perto

do que o trovão

se dissipando lá fora.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 12/06/2015
Código do texto: T5274747
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