Da janela do meu quarto
Da janela do meu quarto
posso ver a névoa
posso sentir a selva
que queima lá fora,
abafada pela chuva
que desagua agora.
Posso escutar o grito que soa...
Do meu quarto,
fito o horizonte
de mim tão distante!
Posso sentir o cheiro
da terra ensopada
da festa acabada
pelo temporal que cai faceiro.
Depois da vidraça do meu quarto,
a vida passa,
devastadora e rápida
como a enxurrada,
porém com tanta graça.
A chuva que cai forte
o vento que não é sorte
a leva embora,
traz para fora...
Atravessando a janela do meu quarto.