sem título

converso com o tempo estando ele

nascendo ou morrendo

comigo dentro.

vindas de fora

há vozes que rompem

a membrana e me tomam

de assalto confirmando

que substâncias externas

mais ferem do que amaciam

sentidos à flor da sobrevivência.

tudo ressalta,

desde a inocência

do que não me foi percebido

até a experiência do que foi consumido.

ilho o que amarga,

mas o que fica toma sempre sabor

de saudade...

até o devaneio inconsumível

se torna banquete de lembranças

e quando tudo paira no ar

a ponto de ser dissipado,

surges intempestivo e pirotecnia

minhas íris... mesclando felicidade;

explosão de luzes coloridas

essas abrem surpresas nos lábios,

simplesmente porque percebo

que o amor também conversa

em mais de um quarto deste tempo...

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 05/11/2015
Código do texto: T5439049
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