O astronauta

Olá astronauta

Há espaço a dividir comigo no espaço?

Aqui sobra falta

Transborda ausência

Encheu-se os meus sons de silêncio absoluto

Do tipo que grita mudo

Mas que a gente entende o que quer dizer.

Olá astronauta

Me empresta o brilho da lua?

Aqui fora não há esperança

O mundo continua girando

Mas nada muda

A humanidade se acostumou com a solidez da solidão.

Olá astronauta

Me mostre como levitar no escuro

Como flutuar no futuro

E não morar na expectativa.

Constrói minha casa no céu aberto

Perto e longe do que me consome

Perto do sorriso, longe da distância

Me torna perto de tudo aquilo que fica longe da ganância.

Olá astrounauta,

Me faça tua companhia

Vamos adormecer as estrelas

Já que ambos perdemos o sono

Ah astronauta!

Tenho que ir astronauta

O mundo precisa das sementes que semeio.

Mas não te esquecerei amigo

E Guardarei nossos sonhos

No mais precioso abrigo

Onde guardo meus tesouros vivos

Onde bate o meu coração.

E enquanto a canção insistir em tocar

Enquanto houver luz que alimenta a lua,

Estarei a dividir contigo

O horizonte do espaço infinito.

E os desejos difíceis de solucionar.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 24/11/2015
Código do texto: T5459725
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