Despedida (Labirinto)

Quando sou seu

Não sou mais nada,

Nem se quer um rastro,

Tão pouco raspas.

Não que você me mate por dentro,

Porque não se mata o que não existe,

É algo que eu ainda não entendo,

Portanto, não lamente.

Sou como um verbo,

Difícil de conjugar,

Tanto no presente quanto no passado,

Um fruto verde, seco e amargo.

Por isso só, eu preciso estar,

Porque ainda ando perdido,

Mesmo em mim, um labirinto,

Posso ainda me encontrar.

Fábio R Jorge
Enviado por Fábio R Jorge em 08/02/2016
Código do texto: T5536803
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