O desconhecido a minha frente
Meu coração palpita como gotas de chuva a pingar sobre o telhado a espera da resposta,
Angustiante espera no tilintar da tarde.
Mas quando ela vem aparece as cores a transpassar o céu,
As nuvens se abrem e o sol aparece sorrateiramente,
trazendo uma espécie de aconchego
Levando as preocupações embora...
A esmo me encontro a vagar no momento, pensando no tempo a esmorecer o fio que liga-me ao agora.
O céu diáfano de repente se transforma
Como tambores ouço ao longe o aviso de guerra
O lugar ermo de explosões completa-se a sinfonia
É preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros.
Um sábio disse-me isso,
E a verdade é que se pensarmos muito nas circunstâncias desse dilema perderemos a batalha contra nós mesmos.
É fato que as regras do jogo são injustas,
Me ponhem contra a parede, oprimindo-me.
Anseio pela vida,
O desconhecido sem fim;
A minha frente continuamente novos abismos a cumprir....
Eu não sou uma pessoa perfeita,
Por hora, acham que sou uma máquina sem problemas.
Escondida por detrás de máscaras, guardando quem realmente sou.
Tentando compreender o outro
Sem nem ao menos permitindo-me voar.
Coração tingido,
Cores se misturando,
Qual irá vencer?
Luz ofuscada pelos holofotes falsos das emboscadas.
Não me deixarei prender.
Como pássaro condor, a procura da liberdade.
Murmúrios ao vento, a vagar sozinha,
O salutar grunhido a fragmentar no cais.