Eu, Homem
Eu, truculento, homem
Que os demônios agora se somem
Mas que eles não sumam
Continuem por dentro
Encurralados no centro
Eu, obtuso, enquanto homem
Quais passos de animal ainda traço?
E quantas vezes hei de ecoar
Essa desculpa mal formulada
Eu, tão astuto, ainda não entendo
Se os males que causei, não conheço
Que perdão será que mereço?
Sobra então os ossos do problema
Quão livre sou?
Se no fundo ainda não extirpei
esse veneno de meu sistema