Eu, Homem

Eu, truculento, homem

Que os demônios agora se somem

Mas que eles não sumam

Continuem por dentro

Encurralados no centro

Eu, obtuso, enquanto homem

Quais passos de animal ainda traço?

E quantas vezes hei de ecoar

Essa desculpa mal formulada

Eu, tão astuto, ainda não entendo

Se os males que causei, não conheço

Que perdão será que mereço?

Sobra então os ossos do problema

Quão livre sou?

Se no fundo ainda não extirpei

esse veneno de meu sistema

PPFL
Enviado por PPFL em 26/08/2016
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