Revelação

Sou fraco

E não revelo minhas fraquezas mais profundas a quem quer que seja.

Peço perdão por isso.

Se um dia serei forte, ao certo não sei,

Já que tudo é tão incerto.

Até mesmo a fraqueza que sentia

Ao iniciar essa poesia

Deixou de ser tão intensa

E passou a ser uma boa companhia.

Talvez por ter me revelado fraco,

Talvez por ter me assumido fraco,

Sem mesmo ter revelado a fraqueza em si,

Me parece que mais forte me tornei,

Não sei, não sei...

Mas sei que a vida é imensa

E eu, um pedacinho de nada participando de tudo tão de perto,

A ponto de poder tocar o que é vivo com a mão,

Beijar o rosto de um irmão,

Sentir o sabor de tudo que é bom e também ruim...

Enquanto houver vida

Nem tudo que parece ruim é tão ruim assim,

Nem mesmo a fraqueza que consome aquele que quer ser forte,

Aliás, nem mesmo a morte,

Essa misteriosa caverna,

Pode tirar da alma a sua sorte,

Já que a sua sorte maior é ser eterna.

Pedro Zapata
Enviado por Pedro Zapata em 03/04/2017
Reeditado em 07/04/2017
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