Um poema qualquer
Entre nós dois
Cabe o mundo
Ou não cabe nada
O vazio se preenche
Por coisas empíricas
E se desfaz ao amanhecer
O deleite é verdadeiro
O companheirismo que se tem
Confundo a marginalidade deste (des)amor
Nessa conjuntura
Tão complexa, tão imprecisa
Fico a vagar
Entre nós dois
Coube todo amor do mundo
Em uma noite qualquer
As madrugadas se confundem
Com solidão,
Tristeza,
Ou alívio
Você me tem
Eu te desejo
Mas livre é o porvir
E empirismo não preenche
Você me tem
Terá por quantos quantos amanheceres puder
O empirismo do amor
Eu estou aqui
A pensar
Que talvez tenhamos uma vida
Ou a vida seja apenas uma noite.