Viver é negar a quimera

A vida é breve, não sejamos quiméricos

Amemos agora sem restrições!Que importa

O interesse escuro ,criminoso e gélido,

A moral, engendradora de suplícios e monstros

A tola ambição de materiais excessos?

Enquanto objetos enganosos toldam a ventura

Verdadeira, o tempo fugaz,chave do infinito

Acaba a extinguir a taça não bebida

Do vivaz alento:ao que é seiva vital

A qual compete o ouro da existência

Quão poucos prezam,a sorver alento

Que a alma ala em alamos de felicidade.

Já os ornatos ocos e valores desalmados

Incapazes de fornecer a ventura humana

Servimos como escravos e sabemos bem

Mil vícios nos alegram e ulceram

Nossa boca exala fétida miséria

Raras vezes alcançamos límpida harmonia

Acreditamos piamente em mil mentiras danosas

E a bala verdade não conseguimos ver.

Os crápulas mais hediondos nos governam

E os poderosos espalham miséria sem conto,

Os pobres sofrem dores incontáveis!

--Adorando o demônio, desconhecendo a Deus!!