Eu sonhei que eu era feliz

Não bebo para esquecer,

Mas para ter coragem de lembrar

Dos passos que se tornaram o molde do meu eu,

Mas não me ensinaram como devo caminhar.

Todo passo que eu dou é uma lição diferente,

Mas do que adiantar saber sem precisar?

A cura só serve para os doentes,

O que sobra depois disso é uma droga a nos enganar.

A poesia é alívio, Mas não é resposta.

Nem toda passagem tem uma porta ou um portão a se trancar.

Por isso permaneço a trocar os passos, mesmo errados no meu caminhar.

1, 2

1, 2

...

E eu sonhei que era feliz!

Igor Improta
Enviado por Igor Improta em 16/08/2017
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