Particular

Sou filho de hábitos que mortificam,

Criatura de perfil perdedor.

Nas paredes do meu quarto

Não há quadros belos,

Há derrotas!

Eu as coleciono uma por uma

Em minhas andanças,

Lembro de poucas vitórias

De raríssimas alegrias verdadeiras.

O emblema frontal da porta é uma espada,

Uma espada desengrenhada!

Daquelas que não prestam para mais nada.

Do lado traseiro da porta há um ícone incomum como eu,

Não é a imagem de Cristo!

É a ausência Dele.

Deste lado está tudo pintado de verde,

É que mesmo batendo nela sem forças

Eu, você

Podemos ver nisso, algo promissor.

Não é o dinheiro remoto!

É a terna e velha esperança...

Bruxo Gauche
Enviado por Bruxo Gauche em 08/03/2018
Reeditado em 20/07/2020
Código do texto: T6274464
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