Fraca Virtude

Fraca Virtude

235 2007-08-29

Aquém e, derramado pela têmpera,

Ponderei as trevas

Que me receberam ofuscando

Os nadas que me foram concebendo

Enquanto nada fui

Quis o tempo ser leve

Como as histórias que se contam

E se dataram

Pela demora que esquecemos

À muito

Não me conceituei nas planícies

Nem na paz,

Estendi apenas a mão aos fragmentos

Que outrora foram concebidos

Pelos devaneios de sermos nós;

Derradeiros e finitos

Como as feridas que cantam ao de leve

Como irmãs

E eternas da beleza

Agora, já não lastimo os sonhos que perdi,

Viajarei pelos recantos

Embainhado pelo desgosto

E pela glória de ser

Enquanto sou;

Fraca virtude

Do que quero alcançar…

Teófilo Velho
Enviado por Teófilo Velho em 30/08/2007
Código do texto: T630831
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