No cansaço do silêncio

No cansaço do silêncio

Ouvi-me ecoar numa ausência

Perante gracejos serenos

Tão estroinas como eu.

Apoderei-me dos sons suaves

Que passavam ao de leve

Ao entranharem-se nas folhagens

Que acordavam poéticas da noite...

E esqueci as maleitas

Penetrando-me no poder

Das névoas

Ao esquecer as dores do mundo

Porque quis ser a melhor das coisas

No anonimato das multidões

Que me mutilaram

Ao descerem-me à terra

Como mais um.

E vi guerras!

Desleixadas como mulheres cruas,

Quando na força dos silêncios

Me perdi possuído pela paz…

Da vontade;

Deixando-me… Abandonando-me cruel

À beleza da mudez,

Numa eterna prostração de significados...

Para ser na paz a força dos silêncios...

Teófilo Velho
Enviado por Teófilo Velho em 30/08/2007
Código do texto: T630837
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