Rios de estanho

Nao é o mundo cada dia mais estranho,

Sou eu que cada vez menos entendo.

Rios de aguas claras de estanho ...

De onde provem meu sustento.

Papéis tombados em pequenos cinzeros ...

Queimam mais do que vossas chamas.

Esse é o fruto de todos seus herdeiros,

Como folhas caidas de tortas ramas...

Em terras inférteis e abandonadas...

De onde nem o tempo nem o ar ...

Curam as dores que foram ilhadas.

É a mesma solidao que sente o mar.

Sao suas gotas tao diminutas ...

Que elas mesmas nao o sabem,

O valor que elas podem ter juntas ...

É maior do que o que realmente valem.

Luiz Gomez