Poema Para o Meu Amanhã!...

No Alto da Serra de Bornes, 
Aonde eu fui pastor um dia. 
Eu encontrei pedras disformes, 
Alguém as pôs lá a ver se caía!? 

Lá por trás ao fundo da imagem, 
Passa a estrada da minha Aldeia.
Aqui começou a minha viagem, 
Rumo ao infinito que tenho na ideia!

Levei daqui comigo num bornal, 
A merenda do meu conhecimento.
Lembranças de menino etc e tal...
Que são da Alma o melhor alimento!

Poemas meus que a memória me traz,
De cada vez que eu subo ao Alto da Serra.
São pedras do meu caminho que a imagem me faz.

Matar as saudades que tenho de voltar à Terra.
Até que um dia uma delas dirá; "aqui jaz"!
Quem um dia viveu as lembranças da Guerra.

 
Tarde demais!...
Eu aprendi a viver de sonhos e fantazias.
Removi as pedras do meu caminho,
Muitas me deixaram saudades,
E outras eu as guardei em pergaminho!

Tarde demais!...
Eu acordei para a minha realidade,
Daquela busca constante na minha idade pujante
Para encontrar veredas do meu destino,
Distante e cada vez mais longe,
Perdi-me no espaço da imaginação.

Tarde demais!...

Eu já me senti assim  só como Monge!
Muito antes de me tornar caminhante,
Da liberdade eu já era eterno amante,
Quando do sonho eu me acordei!
E quando eu me for algum dia!

Tarde demais!...
Eu terminei esta minha agonia,
Da inspiração que me segue noite e dia,
Em busca do sonho que vive em mim,
E nas rosas do Meu Jardim,
Como eterna fantazia! 
(in: POESIAS SOLTAS De: Silvino Potêncio)
 

 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 27/09/2018
Reeditado em 25/12/2019
Código do texto: T6461434
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