A Dissipação
Às vezes páro e me apego olhando o nada, pensando em tudo.
Gostaria de saber no que penso.
Sei que não posso mais pensar e apenas viver,
Sem olhar pra trás, nem para este mundo.
As ondas agora batem nos meus pés,
frias como a noite enluarada e cansada.
À espera dos sonhos de criança
me afrontando a cada sono que passo em claro.
Caminho em areias molhadas à procura de assento
amargurado, por mais um dia de descontento.
Sem mais, agora espero
que meus sonhos sejam mais eternos.
Sentado em uma pedra, vejo
A imensidão do mar que almejo
Esperando que chegue logo minha hora
E que tudo possa ser bonito, como está a aurora.
Pensamentos vão e vem,
e a cada passo à luz do dia;
Vou em busca de minha felicidade.
Felicidade jamais alcançada, como espero
Sem meus sonhos, que sempre em atos, quero
mostrar quão formoso é meu mundo
Diante de tanta indiferença, que me deixa mudo.
Parto como as ondas do mar,
Que são livres e calmas
almejam a praias, sem mesmo permitirem
e deixando mais belo, a noite de um ser
que vive das calmas horas, com areia e mar.
Beijando estou o sal,
diante de uma vista elementar
Agora não posso mais falar
Agora afogo, comigo o mal.
13/09