A Dissipação

Às vezes páro e me apego olhando o nada, pensando em tudo.

Gostaria de saber no que penso.

Sei que não posso mais pensar e apenas viver,

Sem olhar pra trás, nem para este mundo.

As ondas agora batem nos meus pés,

frias como a noite enluarada e cansada.

À espera dos sonhos de criança

me afrontando a cada sono que passo em claro.

Caminho em areias molhadas à procura de assento

amargurado, por mais um dia de descontento.

Sem mais, agora espero

que meus sonhos sejam mais eternos.

Sentado em uma pedra, vejo

A imensidão do mar que almejo

Esperando que chegue logo minha hora

E que tudo possa ser bonito, como está a aurora.

Pensamentos vão e vem,

e a cada passo à luz do dia;

Vou em busca de minha felicidade.

Felicidade jamais alcançada, como espero

Sem meus sonhos, que sempre em atos, quero

mostrar quão formoso é meu mundo

Diante de tanta indiferença, que me deixa mudo.

Parto como as ondas do mar,

Que são livres e calmas

almejam a praias, sem mesmo permitirem

e deixando mais belo, a noite de um ser

que vive das calmas horas, com areia e mar.

Beijando estou o sal,

diante de uma vista elementar

Agora não posso mais falar

Agora afogo, comigo o mal.

13/09

Rafael Rezende
Enviado por Rafael Rezende em 13/09/2007
Reeditado em 14/09/2007
Código do texto: T651258