AH MUCUGÊ...
AH MUCUGÊ...
Como deve ser gostoso teu fruto!
Te vi de longe, desconfiei, mas não provei.
Quem sabe em outra oportunidade!
Mas te explorei.
Caminhei nas horas, debaixo do rei
das estrela, o sol.
Acariciava minha pele com sede e força.
Enquanto me deleitava com as flores dos contrastes.
Por qualquer ângulo se via beleza.
No mandacaru aflorado, no amarelo, azul,
lilás, vermelho e branco das flores.
Tudo encantava.
Duvido quem não garimpou com o olhar de aventureiro.
Não encontrei um diamante, pois o meu já estava comigo.
Além da esmeralda chamada esposa, tinha outras pérolas,
que encontrei sobre o mesmo espaço dividido.
O sorriso era fácil de encontrar nos rostos dos amados e amadas.
Tinha uma garotinha chamada Manu, que carregava eternamente esse sorriso.
Deve ser o bonitão de Mucugê, o encantador de almas e corações apaixonados
por campismo.
No auge da euforia, não ficava uma só alma parada, vinha um tal de Coroné e seu
batalhão de foliões, contagiando toda cidade.
Mas na hora do cansaço reinava a paz.
Recomendo a todos brasileiros a desfrutar dessa altitude de quase mil metros.
Com seus mil encantos e nem um desencanto.
Sou feliz, apaixonado e eternamente casado com teus encantos Mucugê.
Ah Mucugê...
De Orlando Oliveira, em 8 de março de 2019.