A morte

Em uma fração de segundos, da vida vivesse a despedida...

Aquele momento em que Deus dispara o flash de sua máquina celestial,

E o contempla com mais uma longa jornada.

A morte não tem mistério porque ela é o próprio mistério.

Gargalhadas dão lugar a lágrimas e o vazio,

Numa sensação absurda de inutilidade...

Achamos sempre que sabemos demais...

Que podemos responder a tudo.

Mas,

_ O que vem depois de tudo que construímos?

A resposta é sinônima de infinitas versões,

De diversas religiões,

E idéias de pessoas “entendidas” no assunto...

Morrer não está nos planos da ordem natural dos fatos,

É conseqüência de erros,

De planejamento,

E de promessas...

Será mesmo que um dia tudo isso vai acabar?

Onde vamos nos reencontrar se o acaso resolver agir?

A morte era pra simplesmente não existir...

Essa é uma herança que nunca valeu a pena...

É ridículo acordar sem saber se até o fim do dia,

Vamos estar com as pessoas queridas e que amamos.

Isso é desleal com eles...

Portanto, diga “Eu te amo” para quem você realmente ama,

Amanhã pode ser tarde demais,

Para você ou para ela...

Permita-se corrigir os erros,

A ter que viver em função deles.

A morte não comunica a sua chegada...

Não lhe dá chances de pedir perdão.

Ela simplesmente chega sozinha...

E se vai acompanhada.

Dizer que isso é da vida,

Ou que seja a vontade de Deus,

É assinar um atestado de ignorância...

Como pode ser da vida morrer?

Como pode ser a vontade de um Deus que te deu a vida?

Seja como for,

Morrer não deveria fazer parte do amanhã...

Ah, e antes que venha me esquecer,

Viva tudo que puder viver!

Rodrigo Paulino
Enviado por Rodrigo Paulino em 19/09/2007
Reeditado em 20/09/2007
Código do texto: T659625