Um cinzeiro vazio

Esvazie este cinzeiro,

Estas bitucas aí

Não vão lavar a tua alma

A fumaça não preenche vazios

Maldição, mais uma noite

Hoje com insônia e

Eu estou pensando.

Eles foram as melhores faculdades

Tem os melhores contatos

Grandes clientes

Foram "Paitrocinados"

Eu cresci pelas ruas

Eu deixei de comer

Para não ver quem amo

Passando fome

Eu fumei o crack

Que o diabo cozinhou

E não tive uma viagem boa

Mas agora estou aqui

A dois degraus deles

E eu to subindo,

A 160 km/h

Na faixa da esquerda

Não se trata sobre ser rico

Mas poderei eu, vindo do nada

Ser mais bem sucedido que eles?

Maldição, seria mais fácil,

Se fosse como antigamente pelas esquinas

Da vida. Agora, eu quem mando aqui!

Eu descarregaria dois pentes neles,

Ia deixar seus corpos irreconhecíveis

Imagina que lindo...

O velório no Alphaville,

Os playboys nos caixões fechados.

Eu acenderia um cigarro e apreciaria

Ver suas mães chorando.

-Maldição- chega de devaneios

Por hoje. Meu cigarro acabou,

É hora de dormir um pouco

Pra amanhã viver este sonho acordado.

Insta: @poesiamarginalcwb

Leandro C Sbrissia
Enviado por Leandro C Sbrissia em 04/04/2019
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