INCÔMODA
INCÔMODA
Sou essa mulher incômoda,
Que fala a verdade mesmo que doa,
Toca na ferida, limpa e medica,
Ergue a cabeça desafiando a maioria
Mulher de muita força e princípios,
Não mede esforços pra ajudar quem precisa,
Mesmo que atraia para si a injustiça,
Continua a navegar mesmo que queimem
seus navios na hipocrisia,
Não sei de que fibras me fizeram
De onde veio a força e a fé inabalável,
Mesmo que me firam, e ferem
Me recomponho e continuo, incansável,
Sou polêmica, cínica e sarcástica,
Minha sinceridade é fantástica!
Posso ser delicada, sensual, submissa,
Encanto de bruxa que às vezes enfeitiça,
Tenho muitos defeitos, sei e reconheço,
Nunca fui santa, também não sou diaba,
Uma mulher igual a tantas,
Movida a esperança, que sonha acordada,
Se "O que era doce se acabou”...
Então acabou, a mulher em mim se levanta,
Refaz a maquiagem, conta o que sobrou,
E recomeça uma nova história
do ponto onde parou.