O Navio Vazio. (Na mente)

Não sei o que procuro,

mas,

definitivamente sei,

está longe de ser um porto-seguro.

Quero o que revolve,

intensifica,

absorve,

quero o que me fragmenta,

reparte-me para que infinitas áreas sejam expostas.

Não posso viver,

dando à loucura inerente do meu ser,

minhas costas.

Vou até o fim do mundo para experenciar,

saber-me polida,

não me faz recuar.

Tantos rostos escuros,

tanta dor em olhos azuis.

Não há clareza.

Falta de certeza.

Muito tempo,

pouco compromisso,

maior pacto de risco.

Mesmo calmo o aconchego foi violentado.

Tantos tiveram tudo em todo.

Mas perderam a direção,

porque o navio partiu.

Vazio.

Ana Claudia Laforga
Enviado por Ana Claudia Laforga em 06/10/2007
Código do texto: T682981