Célula Intíma de um Lírio por Abrir
Cândida inocência de tanto amor:
Assim é a mocidade;
Tanto pranto derramado;
A juventude é o sorriso...
Recusa a dor de tanta paixão!
A esperança amorosa:
Conta com a alma e o corpo;
Lançando na tela;
O Poema em Prosa de uma virgem...
O quarto de uma virgem!
É como uma flor!
Ainda por desabrochar:
Célula íntima de um Lírio por abrir;
Mulher de raios de sol;
A mulher em botão!..
Ante o despontar de uma estrela!
O lento tempo:
O clarão de um sonho;
Vaga penumbra de contemplação;
Trás à profanação...
O suave tumulo do despertar!
Reflexos de sol:
Alma absorta;
Romper da aurora iluminada pelo sol;
Pungente raiar de luz...
Enquanto durar o esplendor dos astros...
07/02/2020
José Duarte André