Colheita do não

Na lágrima caída

No cenho franzido

No silêncio

No grito contido

Já disse tantos nãos

Uns necessários

Outros vãos

Palavra que dificulta a melodia

Mesmo sendo via de amor

Palavra

Dura e seca

Como o chão da minha terra

Proferida

Recolhe um tipo de semente

Intuitivamente acreditando na colheita

Do outro caminho plantado

Ah! Como dói um não

Falado ou ouvido

Navalha que desperta

O idílio que a alma canta.

Valéria Britto
Enviado por Valéria Britto em 18/10/2007
Código do texto: T700305
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