Poeta do Mato
Oi.
Sou poeta, sou do mato
Por mais fino que seja o ingrato
Aqui é meu lugar.
Sou do Campo, sou da Serra
Eu sou limpo enfrento a guerra
Mas maravas deste lugar.
Me desculpe o São que é Paulo
E o Rio que é de Janeiro
No meu falar que é ligeiro
Minha arte vou cantar.
Aqui caminho com a onça
E abraço o índio feliz
Sei que é um pedaço de chão
Mas aqui é meu país.
Eu não sou inferior
diante da precariedade
Não existe superior
Quando se fala e se invade.
Mas deixo aqui um feito
E bato com a mão no peito
Digo não sou perfeito
Nas maravas deste lugar.
( Virlandio Silva )