O julgamento
Na consistência mais agravante
De minha mente
Onde a ferida está podre
E a filosofia ultrapassada
Dedico-me ao inexistente
Pois das coisas que existem
Perdi a fé
A esperança
De um alguém melhor
Ou um mundo diferente
Além daquilo que conheço
Além das multiplicidades de meus órgãos
Transparece uma doença transgênica
Algo que vem corroer meus ossos
Como praga na colheita
Sobra-me o espírito
Que ainda passará pelos antagônicos vestígios de Deus
Julgado culpado
Acabei!
Como a esperança de todos nós
Nos últimos dias que restaram
De minha consciência absurdamente barata...