ERA...

Era para sermos uma só nação, um só sentimento, o amor,

Era para sermos tolerantes, menos estressantes, com um só fim, o bem,

Mas parece que somos flores despetaladas,

Que na mão do opróbio do mundo, perdeu sua última pétala em um “mal me quer”,

Era para sermos bem mais que isso,

Era para sermos abraços, leveza e sorriso,

Sem invasão ou qualquer violência,

O amor seria única forma de resistência,

Mas em meio ao caos, somente tristeza e negligência,

E sobre o futuro, quem nos dirá?!

Era para estarmos de mão dadas, sem armas,

Em sua direção, ao invés de bala, uma flor,

No coração, ao invés de medo e dor,

Deveria se revelar em um abraço o amor,

Sem fronteiras, sem ressentimento,

Mas tudo que se ouve é lamento,

Porque o mundo saiu na contramão há muito tempo,

E a nós, somente a esperança, cambaleante,

Assistindo cenas desesperantes,

Daqueles que tudo que queriam agora,

Era fechar os olhos, e com um dia melhor sonhar,

O poeta queria ter o poder de viver os versos da poesia,

Para que enquanto a escrevesse pudesse dizer

“calma, respira, o quadro vai mudar”,

E como magia, tudo se resolveria,

Mas as almas sensíveis e tocadas,

Só podem torcer por um milagre,

Para que o intento que seja a voz da escuridão,

Venha imediatamente cair ao chão,

E que a partir de então,

Possamos seguir abraçados, sendo uma só nação.