Eu ando pelas ruas num paradoxo

Eu ando pelas ruas num paradoxo

Caminho; paro; caminho; paro; sigo

O tempo, desdobra-se no espaço

Pois o espaço em que me encontro não cresce: padece

Que lugar tão vazio, para uma alma repleta de conflitos

Mas os pássaros estão ali para serem lidos

Amados e lidos. Por isso é que cantam

Cantam e acalmam este cenário

A calma é uma forma de preencher um vazio de um espaço sem dono.

Dentro desta calma transviada

Tudo se encontra em grande ordem

Mas dentro de mim, há ainda conflitos

Que desfaz qualquer consorte

Céu azul, em correspondência íntima com o mar;

Uma mata virgem simbólica e bela;

Borboletas de todas as cores pelo ar

Eu dentro dos meus conflitos

Por mais que eu queira sentir esta liberdade

É como se a natureza se me apresentasse por fragmentos

Ou remotas lembranças

Onde quer que você esteja

Seus problemas nunca deixarão de roê-lo

A liberdade estará presa dentro de nós

Até desfecho da nossas patologias existenciais

lucheco
Enviado por lucheco em 06/01/2008
Código do texto: T804874