Setembro
Pensas, o crepúsculo compensa...
Força extinta não reconheço,
Sinceridade sequer...
Não mais do que viver,
Ainda mais sobreviver...
Vai embora o mês de Setembro,
Tempo que o coração condena:
Lapso da memória e do desejo.
Não falo nem penso:
Janela aberta por onde entra o vento.
Amor sem aflição,
Poucos minutos e falta-lhe coração;
O deserto ressoa,
Deixa p’ra trás vislumbres de tempo veloz.