Sisifismo

Nem Sísifo me supera ao escrever em tinta a letra

Indícios da espera , dos tempos em que eu era apenas um gameta

Desde quando violava o sextante bestial

E rolava e fluía a pesada pedra Tao

Nem que eu incorporasse a Paidéia do panteão

Dos grandes poetas desencarnados

Ou então que desse a mão aos poucos que restam

Pois só nos resta a glória de morrer lutando

Não aceito seu preço !!

Nem que me pagasse em espécie valiosa

Ou me fizesse voar com plumas exóticas

A poesia rola e eu torno a escrever

Só existe um mito

A sua hora de morrer

Ritual
Enviado por Ritual em 22/01/2008
Código do texto: T828466