Sisifismo
Nem Sísifo me supera ao escrever em tinta a letra
Indícios da espera , dos tempos em que eu era apenas um gameta
Desde quando violava o sextante bestial
E rolava e fluía a pesada pedra Tao
Nem que eu incorporasse a Paidéia do panteão
Dos grandes poetas desencarnados
Ou então que desse a mão aos poucos que restam
Pois só nos resta a glória de morrer lutando
Não aceito seu preço !!
Nem que me pagasse em espécie valiosa
Ou me fizesse voar com plumas exóticas
A poesia rola e eu torno a escrever
Só existe um mito
A sua hora de morrer