Eu, mortal, poeta...
Quando o raio matinal
Do sol escondido
Dentre as montanhas
Percorre minha face
Num instante
Aqueço meus sonhos
Vou levado em constantes
Distantes e complexos
Ventos que me cercam
No caminho por inteiro
Sem jeito até fico
Sem saber por onde andar
Martirizado na pedra dura
Da agonia terrena
Que não me deixa em paz
Arco com o futuro
E as pedras das montanhas
Que ficaram em meu passado
É agora o presente herdado
Do meu pobre eu mortal