O desejo de poder

O desejo de poder é oriundo do anseio

De realizar todos os sonhos: voar ao capricho

Das auroras da esperança tornadas reais...

De nada em si valem o mando ou o ouro

Senão como haver; o orgulho quer reinar

Soberanas asas tronos onde nos abane, opulentos

O gozo grácil de viver, muito valemos para nós mesmos,

E o outro nada vale, é algo

Incerto, disforme, a ser dominado;

isso quando somos apenas indiferentes, senão quando se odeia

Um inimigo seja ele quem for: um monstro ou

Uma inocente criança: arroja-se e galopa

A vingança, sempre atrás, para o ódio não existe

O inocente, somos todos culpados, herdam-se as culpas.