NOMINUM
Amador ama a todos
Ama a dor que é quase amor
Até confunde-se com ele
Silvia, silva nas selvas
Como Diana caçadora
Gloriosa Glória aponta para a vitória
Que é de todos, é das Índias, Edmundo
É do mundo, das filhas e todas as ilhas
Nostradamus, como naquele bar
Nós travamos nossas línguas
Numa Babel de alcoólatras aléxicos
Vacantes de entendimento
Adamastor é gigante e tempestade a um tempo
Guia-se por sextantes e astrolábios partidos
Num céu de escuridão e descaminhos
Oriente e porto seguro
Dos marujos perdidos
Na vastidão escura do mar
Vagando nas vagas notas de Wagner
Estela que do alto nos contempla
Às vezes ilumina e às vezes nem está lá
Não é como o sol, constante e infalível
Márcia impõe-nos os Marcos da guerra
Através do Núncio de mil palavras
O correio dos reis e rainhas
Alice a mim veio contando maravilhas
De um país de coelhos e bichos falantes